sábado, 9 de maio de 2009

Projeto ajuda a diminuir índices de obesidade infantil em CG
Os primeiros resultados ainda estão sendo contabilizados, mas a mudança no comportamento de muitas crianças atendidas no Centro de Endocrinologia e Obesidade Infantil do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida da Prefeitura de Campina Grande (ISEA), instalado pelo projeto Ensino Metabólico em Crianças Obesas e de Sobrepeso, já é visível para os profissionais que integram a equipe multidisciplinar responsável pelo atendimento. Cerca de 70 crianças e adolescentes, com idades entre 2 a 19 anos incompletos, estão sendo assistidas pelo projeto, mas a intenção, segundo a nutricionista Carla Campos Muniz Medeiros, uma das responsáveis pela implantação do trabalho, é elevar esse número e atender um maior volume de crianças e adolescentes com problemas de obesidade em Campina Grande. Os serviços também podem beneficiar o público de cidades circunvizinhas. Para se cadastrar, os pais devem levar seus filhos até o anexo da maternidade, que funciona na parte de trás da instituição, e preencher uma ficha.
Após essa etapa, o paciente é avaliado por uma nutricionista e um educador físico, para a avaliação do seu quadro. O cadastro e a primeira consulta são realizados todas as segundas e sextas, pela manhã. Com os dados coletados pelos dois profissionais se inicia o trabalho de orientação e acompanhamento do paciente. A partir daí, de acordo com a assistente social, Zelma Martins dos Santos, a criança ou adolescente passa por vários especialistas, a exemplo de médicos, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas. “Todos vão tratar o paciente dentro da área de seu conhecimento”, revela. O educador físico Pedro René garante que o trabalho multidisciplinar tem um efeito muito maior do que o esperado, porque cada profissional tem a responsabilidade de tratar o problema de acordo com suas atribuições.
A psicóloga Jacira Luna enfatiza a importância desse tipo atendimento, como sendo de fundamental importância para se reduzir os índices de crianças e adolescentes com excesso de peso na cidade. A participação dos pais nesse processo também é imprescindível”, diz Jacira. O projeto, que é referência em Campina Grande , atende gratuitamente a pessoas de todas as classes econômicas e é financiado pela Fapesq (Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq), em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a Secretaria Municipal de Saúde.
“Os serviços, além de gratuitos, contam com profissionais dedicados e acessíveis ao público atendido”, comenta a diretora geral da maternidade, médica Francimar Ramos, uma das que mais tem apoiado o projeto e apostado nos seus objetivos. De acordo com o diretor administrativo da instituição, Eduardo Galdino, a instalação do projeto no ISEA, com a criação do Centro de Endocrinologia e Obesidade Infantil, só vem reforçar o quanto a atual administração tem se preocupado em oferecer novos serviços à população, e com qualidade, levando-se em conta a capacidade da equipe envolvida. Crianças da rede privada são mais atingidas - Segundo Carla Muniz, pesquisas realizadas recentemente em escolas públicas e privadas de Campina Grande revelam que a obesidade atinge um percentual significativo de crianças e adolescentes, sendo as da rede particular, as mais afetadas por esse problema.
“Por isso, tivemos a preocupação de desenvolver um projeto, unindo profissionais de várias áreas, que ajudasse esse público a minimizar os transtornos do excesso de peso, lhes proporcionando uma qualidade de vida mais saudável”. Carla lembra que, além do fato de uma criança obesa ter muitas chances de se tornar um adulto obeso, existem outros perigos que envolvem a saúde, visto que a obesidade aumenta o risco de desenvolvimento de doenças como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.
E, como se não bastassem os problemas físicos, a criança vai enfrentar problemas de autoestima que podem dificultar os seus relacionamentos e aprendizado escolar. “Não quero que meu filho tenha problemas nem agora nem no futuro. Por isso, eu o cadastrei no projeto e fico muito feliz por um trabalho desse tipo, com essa importância, possa estar sendo oferecido em Campina Grande ”, declara Genilda Maria da Silva Fernandes, que começou a levar o filho Matheus Fernandes de Sousa, de 10 anos, para ser tratado no Centro.
Pesando 63 quilos e 900 gramas , quando deveria pesar 45kg, Matheus já se mostra radiante com a possibilidade de perder peso e poder ter uma vida mais saudável. “Nosso trabalho inclui a participação dos pais porque é necessário que eles passem a controlar os hábitos alimentares dos seus filhos em casa”, relata o educador físico René Pedro.
Entre as atividades que ele desempenha com as crianças e adolescentes, estão caminhadas e aeróbicas. A coordenação do projeto está dividindo os grupos por faixa etária para facilitar o trabalho do profissional, quanto ao que cada um poderá se submeter em se tratando de atividades físicas. Adultos - O Centro de Endocrinologia e Obesidade Infantil do ISEA iniciou as atividades em fevereiro, com a formação da equipe e inscrições das crianças e adolescentes.
No mês passado, os serviços começaram a ser oferecidos ao público adulto. Várias pessoas, assim como Genilda Fernandes, já se cadastraram e vão passar a serem acompanhadas pela equipe multidisciplinar do projeto.
Da Ascom da PMCG


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