quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ministro anuncia R$ 81,6 mi para a Paraíba.
Por: LUZIA SANTOS
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve ontem, na Paraíba, onde anunciou recursos na ordem de R$ 81,6 milhões. De passagem por João Pessoa, após visita a Campina Grande, onde revelou investimentos de R$ 55 milhões no Hospital de Emergência e Trauma, participou da assinatura do Pacto para Redução da Mortalidade Infantil e anunciou mais R$ 9,1 milhões para o combate à mortalidade de crianças entre 0 e 1 ano. Outros R$ 17,5 milhões deverão ser aplicados para implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Entre 2000 e 2007, segundo o ministério, morreram 10.750 crianças menores de um ano na Paraíba.Durante a assinatura do termo de compromisso, os prefeitos e o governo do Estado se comprometeram a reduzir em 5% ao ano a taxa de mortalidade infantil. O evento contou com as presenças do governador Maranhão, prefeitos Ricardo Coutinho, de João Pessoa, Veneziano Vital, de Campina, e outros prefeitos beneficiados com o convênio. Dados da Gerência de Respostas Rápidas da Secretaria de Saúde do Estado (SES) revelam que, só em 2007, morreram 1.094 crianças na Paraíba antes de um ano de vida. Do total de mortes, em 2007, 570 aconteceram nos municípios contemplados no Pacto: João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux, Sapé, Mamanguape, Patos, Cajazeiras, Monteiro, Guarabira, Sousa, Cabedelo, Queimadas, Esperança, Areia, Alagoa Grande, Princesa Isabel, Taperoá, Itabaiana, Alhandra e Juazeirinho. Essas cidades têm taxas de mortalidade infantil que variam de 12,82, por cada mil nascidos vivos, até 37,74. O prefeito de Taperoá, Deoclécio Moura, ressaltou a importância de políticas públicas para combater a mortalidade infantil. Em seu município, a taxa de mortalidade atingiu 37,74 mortes em cada mil nascidas vivas. Entre as ações previstas para reverter a situação, o prefeito destacou o esforço das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), que realizam o pré-natal e acompanham as gestantes além da criação de aterro sanitário, para atender a população, a construção de 50 banheiros em residências da zona rural, além da abertura de processo licitatório para a realização de esgotamento sanitário.O prefeito da capital, Ricardo Coutinho, destacou que o município tem como meta reduzir a mortalidade para patamares inferiores até mesmo ao recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “O município conseguiu reduzir a mortalidade infantil que era 17,4 em 2004 para 11,8 em 2008. Demos um salto bastante importante e nossa meta é reduzir ainda mais caindo para menos de dez crianças mortas para cada mil nascidas vidas. A taxa deve ser inferior até mesmo ao recomendado pela ONU”, ressaltou. Acrescentando que, para reduzir a mortalidade, está ampliando a UTI neonatal da Maternidade Cândida Vargas e formatando estratégias dentro do PSF, para garantir a cada criança que nasça saúde e longa vida.Durante a solenidade de assinatura do Pacto, no Palácio da Redenção, Temporão ressaltou que o Brasil está no caminho correto, mas ainda está longe de superar a meta estabelecida pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU. “A meta é de 14,4 óbitos por cada mil nascidos vivos e deve ser alcançada em 2015”, destacou Temporão, convocando os prefeitos a acompanharem as informações sobre óbito infantil. O ministro ainda anunciou que o Estado ganhará mais 20 novas Equipes de Saúde da Família, 24 Núcleos de Apoio à Saúde da Família, 22 novas unidades intensivas, sete UPAs, 43 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 130 leitos de UCI. O governador José Maranhão entregou o Projeto de Ações Programáticas para Redução da Mortalidade Infantil e o Projeto de Estruturação da Rede Estadual de Atenção às Urgências e Emergências.

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